De cada vez que tenho oportunidade de assistir a uma conferência, visitar uma exposição ou simplesmente deambular pela cidade sem objectivo nem obrigação, sinto-me como se estivesse no estrangeiro. De férias no estrangeiro.
É que as saídas lá fora têm esse condão de nos devolver um olhar atento e aberto à novidade que perdemos nas rotinas do quotidiano. E essas conferências ou visitas projectam-nos para novas ideias ou velhos mundos.
Foi o caso de duas palestras a que assisti no fim de tarde da última quinta feira, uma pérola inesperada por 5 euros, organizada pela Agência Lisboa E-Nova.
O tema: Place Making; os oradores Cynthia Nikitin (do Project for Public Spaces www.pps.org) e Mário Alves (Assessor do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa para a área da mobilidade).
Entre descrições de projectos mais ou menos bem sucedidos, dos problemas que se enfrentam para convencer os poderes públicos e os investidores privados da importância do espaço público, foi um desfiar de exemplos, teorias e práticas, sugestões de leitura, estimulantes e inspiradores.
Lembraram-me as investigações do George Perec baseadas nas observações da cidade a partir de uma esquina.
Deixo algumas referências interessantes:
http://www.mentalspeedbumps.com
http://improveverywhere.com/2008/01/31/frozen-grand-central/ (os responsáveis por aquela iniciativa extraordinária de "congelar" as pessoas na Grand Central Station em NY)
http://www.wired.com/wired/archive/12.12/traffic.html (artigo sobre Hans Monderman, engenheiro de trânsito com uma visão radical sobre o assunto)
e uma boa frase ouvida durante a conferência: "Even falling on your face is moving forward"
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment