"Do ponto de vista estratégico, a criança deve ser encarada como o cliente do futuro que, enquanto cresce, vai «armazenando» good will boa vontade em relação às marcas que a elegeram como target público alvo nas suas campanhas de marketing e comunicação. E será precisamente esse good will boa vontade que influenciará as suas decisões de consumo adultas. Numa perspectiva táctica, as crianças já detêm um certo poder na nossa sociedade de grande consumo: se, por um lado, é habitual disporem de algum pocket money economias para gerir, por outro, têm vindo a ganhar influência nos consumos familiares. Um fenómeno emergente conhecido como o Pesting Power Poder de Enfernizar..."
Não resisti a colocar neste texto - que retirei de uma edição do Briefing, se não estou em erro, a propósito de um estudo sobre consumidores de palmo e meio - as traduções das expressões típicas do vocabulário inglês do marketing. Há sempre quem diga que a linguagem do mercado é internacional, sinónimo de cosmopolitismo e inteligível para todos. Eu discordo. Parecem-me ridículas estas frases de construção portuguesa e decoração inglesa.
Mas a parte pior deste recorte é o pensamento necrófago por detrás da ideia apresentada: os adultos produtores espreitam o pequeno consumidor em desenvolvimento, alimentando-lhe os apetites de aquisição, para adiante os atacarem. Wicked!
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