Wednesday, November 29, 2006

profissões ou competências

Aprovada a nova Classificação Nacional de Profissões, pergunto a mim mesma, se no quadro actual, fazê-lo ainda faz sentido.
Profissão vem do latim Professio, e significa "actividade remunerada que uma pessoa desempenha e que exige formação e especialização".

Mas, embora ainda não nos estejamos a dirigir para a prática do Homem da Renascença, conhecedor e sábio, interessado e interveniente em diferentes áreas, cada vez mais se exige no âmbito profissional que se seja polivalente e flexível. Mudar de profissão é visto como coisa normal, quase desejável.
Por outo lado, dou conta que a minha profissão apresenta contornos cada vez menos nítidos no que se pode ou não fazer. Sou frequentemente chamada a exercer uma série de competências que poderiam não estar ligadas à prática habitual da profissão, ou mesmo pertencer a outras. And yet... posso e devo exercê-las.
Certas formações, apesar de inscritas nessa classificação, permitem exercer quase tudo - como o antropólogo - ou então na prática não existem como profissões - como o filósofo.

Mas quando se verifica que o processo de classificação de profissões exige a definição ao pormenor dos conteúdos funcionais, tudo isto perde um pouco o sentido e apresenta-se algo anacrónico.

Então em que ficamos? Precisamos de profissionais ou competentes?

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