Fui ver a exposição AMOR-tE na Mãe de Água, uma organização da Amara, Associação pela Dignidade na Vida e na Morte.
É um caso sério.
Talvez a exposição que mais me impressionou até hoje.
O espaço de circulação confinada que nos obriga a ficar perto das chocantes imagens, sem fuga possível; a água que escorre nas paredes e ecoa as lágrimas impossíveis de conter; o silêncio sepulcral; as legendas curtas que contam histórias tristes, surpreendentes, injustas, tranquilas; e as imagens poderosas, quase incómodas, que nos fazem sentir aflitos pela possibilidade de observar o que aquelas pessoas - vivas no primeiro retrato - já não puderam ver.
É todo o mistério, inevitabilidade, incomunicabilidade da morte que se sente presente em cada um daqueles retratos.
E as questões que não conseguimos deixar de nos colocar sobre o sentido da vida e da forma como usamos o tempo.
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