
Habitualmente parece que temos mais facilidades em congregar os nossos esforços para registarmos e fixarmos as coisas más que nos sucedem, ou que sucedem ao mundo e com as quais nos indignamos.
É verdade que o sofrimento traz crescimento, mas enfrentá-lo não significa apenas coleccionar ou tomar conhecimento dos aspectos negativos. Alimentar a "crise" não nos predispõe à sua resolução, pelo contrário, encasula-nos e desmoraliza de forma contagiante.
Por isso decidi focar-me em coisas boas, convocar boas ideias, boas memórias.
Decidi relativizar, porque, como dizia um amigo meu "antes ser quem sou hoje do que rei há 300 anos, sem internet!", sabendo que temos hoje acesso a mais conhecimento e tecnologia do que nunca, temos uma esperança de vida crescente e duplicada em relação a dois séculos atrás, experimentámos bem estar e temos uma quantidade de bens impensável há algumas décadas, queixarmo-nos da crise é ter memória curta e ignorar que se pode ser feliz com menos.
E decidi adoptar um olhar optimista, pensando que esta é uma boa oportunidade de se redescobrirem outros valores, menos materiais, de assentar a nossa tranquilidade na velha fórmula do "ser em vez do ter".
É que já não se aguenta tanto "zinzento"!
As imagens, de contraste notável, pertencem a um estudo de Peter Menzel sobre a alimentação no mundo (Hungry Planet) em www.menzelphoto.com/books
1 comment:
Parece-me uma muito boa estratégia!
Nos últimos dois meses, a dois amigos meus foi-lhes diagnosticado cancro. A notícia é obviamente má mas o aspecto positivo é que ajuda a relativizar a crise! O tal "haja saúde" ganha um novo significado...
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