Os portugueses - que têm uma natureza já de si dramática e com tendências catastrofistas - encontram na conjuntura internacional de crise económica uma forma de aguçar os apetites de tragédia.
Hoje ouvi uma entrevista a uma cidadã algarvia que se queixava de que a enxurrada que sofreram na noite de Domingo (parece que por culpa de uma obra mal feita do Polis) a ia obrigar a fechar a loja e despedir as 4 funcionárias, porque os bens que lá tinha, ficaram debaixo de água.
Que economia resiste com exemplos de empresários deste tipo que sossobram ao primeiro embate? Não há seguros ou margens de manobra para aguentar qualquer contrariedade?
No extremo oposto, aparecem exemplos que roçam o surrealimo. É o caso de uma fábrica de componentes de automóveis em Nelas, a Borgstena, que depois de assistir à destruição das instalações pela segunda vez (o incêndio aconteceu no mesmo dia do ano 2006), se propõe reconstruir tudo para manter os 320 postos de trabalho.
Ah, valentes!
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