

Gosto imenso do trabalho de Joseph Cornell (USA, 1903-1972), em quem tropecei em livro antes de o reconhecer em museus.
As suas colagens e montagens são românticas, harmónicas na cor e na composição (parece nunca terem nada a mais), mas acima de tudo inspiradoras. Tão tentadoramente inspiradoras, que apetece quase repeti-las com os materiais que nos são familiares e nossos.
Aliás, a quem é que nunca aconteceu pensar "porque é que não fui eu a lembrar-me disto!"
Com o bombardeio repetido de imagens a que somos sujeitos, às vezes é difícil distinguir a linha da inspiração da do plágio, porque tudo se mistura e sucede no nosso subconsciente.
E ao formular uma solução tudo se nos apresenta como novo.
Por isso me apetece por vezes uma atmosfera limpa, desprovida de estímulos, para perceber o que é realmente novo dentro de mim.
A primeira imagem é de Delila Jemaiel e a segunda de Joseph Cornelll.
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