Portugal vive numa curiosa obsessão pelos intervalos, que se revela na linguagem:
"estamos quase no Natal!"
"decretaram ponte para quinta-feira"
"o fim de semana que não chega..."
"quantos feriados há este ano?"
"já não dá... estamos quase na hora de almoço"
"vou meter baixa"
"pediste dispensa?"
"esta semana é óptima, só tem três dias!"
"não vale a pena marcar nada, porque estamos quase na Páscoa"
"a partir de Junho e até Setembro, nada feito! Está sempre algum administrador de férias"
"a Srª Doutora já chegou, mas deve ter ido beber um cafezinho"
"melhor do que intervalos, só pão com manteiga"
Tuesday, March 18, 2008
Friday, March 14, 2008
no trânsito
Ontem tive uma conversa curiosa com um taxista.
Nem sei como a coisa começou, mas a dada altura vimo-nos a braços com questões existenciais como a que ele pôs: "pergunto a mim mesmo o que leva as pessoas a tanto esforço quotidiano, quando sabem que têm a morte tão certa?".
Dei comigo a pensar "e que seria de nós se não soubéssemos se morríamos? ou o que faríamos se a nossa existência se prolongasse indefinidamente?"
Não se poriam os mesmos problemas éticos sobre a vida e o que fazer com ela? Será que o limite, a quantidade são tão determinantes?
Nos dias acelerados de hoje, creio que um dos problemas maiores é não podermos dedicar o tempo certo a pensar nos porquês e paraquês da vida, a encontrar para a nossa existência e a do nosso país, empresas ou comunidades, as razões e motivações de ser.
Nem sei como a coisa começou, mas a dada altura vimo-nos a braços com questões existenciais como a que ele pôs: "pergunto a mim mesmo o que leva as pessoas a tanto esforço quotidiano, quando sabem que têm a morte tão certa?".
Dei comigo a pensar "e que seria de nós se não soubéssemos se morríamos? ou o que faríamos se a nossa existência se prolongasse indefinidamente?"
Não se poriam os mesmos problemas éticos sobre a vida e o que fazer com ela? Será que o limite, a quantidade são tão determinantes?
Nos dias acelerados de hoje, creio que um dos problemas maiores é não podermos dedicar o tempo certo a pensar nos porquês e paraquês da vida, a encontrar para a nossa existência e a do nosso país, empresas ou comunidades, as razões e motivações de ser.
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