Wednesday, November 14, 2007

Seu Jorge II

Ah! É favor desculpar a qualidade da filmagem, que é o melhor que o meu telemóvel permite...


Uma das letras que me atraiu foi "Negro Drama" de Mano Brown, talvez pela forma como foi cantada por Seu Jorge:

NEGRO DRAMA, Entre e o sucesso, e a lama. Dinheiro, problemas, Invejas, luxo, fama.
NEGRO DRAMA, Cabelo crespo. E a pele escura. A ferida a chaga, a procura da cura.
NEGRO DRAMA, Tenta vê, e não vê nada, a não ser uma estrela, longe meio ofuscada.
Sente o Drama, o preço, a cobrança, no amor, no ódio, a insana vingança.

NEGRO DRAMA, Eu sei quem trama. E quem tá comigo, o trauma que eu carrego, pra não ser mais um Preto Fudido.
O drama da cadeia e favela, túmulo, sangue, sirene, choros e velas,
Passageiro do Brasil, São Paulo, agonia que sobrevivem, em meia zorra e covardias, periferias,vielas e curtiços,

Você deve tá pensando, o que você tem haver com isso, desde o inicio, por ouro e prata, olha quem morre, Então veja você quem mata, recebe o mérito, a farda, que pratica o mal,
Me vê, pobre, preso ou morto. Já é cultural, histórias, registros, escritos.
Não é conto, nem fábula, lenda ou mito.
Não foi sempre dito, que preto não tem vez, então olha o castelo e não, foi você quem fez Cuzão.
Eu sou irmão, dos meus truta de batalha, eu era a carne, agora sou a própria navalha.
Tim..Tim..um brinde pra mim, sou exemplo, de vitórias, trajetos e glórias.
O dinheiro tira um homem da miséria, mas não pode arrancar, de dentro dele, a Favela.

São poucos, que entram em campo pra vencer, a alma guarda, o que a mente tenta esquecer.
Olho pra traz, vejo a estrada que eu trilhei, mó corre, quem teve lado a lado, e quem só ficou na bota, entre as frases, fases e várias etapas, Do quem é quem, dos Manos e das Minas fraca, Hum..

NEGRO DRAMA de estilo. Pra ser, se for, tem que ser, se temer é milho.
Entre o gatilho e a tempestade, sempre a provar, que sou homem e não covarde.
Que Deus me guarde, pois eu sei, que ele é neutro, vigia os ricos, mas ama os que vem do Gueto.

Eu visto Preto, por dentro e por fora,
Guerreiro, poeta entre o tempo e a memória, hora.
Nessa história, vejo o dolar, e vários quilates. Falo pro mano, que não morra, e também não mate. O Tic Tac, não espera veja o ponteiro, essa estrada é venenosa, e cheia de morteiro. Pesadelo. Hum...
É um elogio, pra quem vive na guerra, A PAZ Nunca existiu, num clima quente, a minha gente soa frio. Vi um pretinho, seu caderno era um fuzil.

NEGRO DRAMA,
Crime, futebol, música, caraio, eu também, consegui fugir disso aí, eu sou mais um, Forrest Gump é mato, eu prefiro contá uma história real. Vô conta a minha... Daria um filme. Uma negra, e uma criança nos braços, solitária na floresta, de concreto e aço.
Veja, olha outra vez, o rosto na multidão, a multidão é um monstro, sem rosto e coração.
Hey, São Paulo, terra de arranha-céu, a garoa rasga a carne, é a Torre de Babel.
Família Brasileira, 2 contra o mundo, mãe solteira, de um promissor, vagabundo,
Luz, câmera e acção. Gravando a cena vai, o bastardo, mais um filho pardo, sem pai.

Hey, Senhor de engenho, eu sei, bem quem é você, é sozinho, cê num guenta, sozinho, se num guenta a pé. Se disse que era bom, e as favela ouviu,mas também tem Whiski, e Red Bull, Tênis Nike, Fuzil.
Admito, seu carro é bonito, Hé, E eu não sei fazer, internet, video-cassete, os carro loko,

Atrasado, Eu tô um pouco sim, tô. Eu acho sim, só que tem que, seu jogo é sujo, e eu não me encacho, eu sô problema de montão, de carnaval a carnaval. Eu vim da selva, sou leão, sou demais pro seu quintal.
Problema com escola, eu tenho mil. Mil fita, inacreditável, mas seu filho me imita. No meio de vocês, ele é o mais esperto. Ginga, fala gíria, gíria não dialeto. Esse não é mais seu, Hó, Subiu.
Entrei pelo seu rádio, tomei, se nem viu, nós é isso, aquilo, o que, senão dizia, seu filho quer ser preto. Rhá, que ironia,
Cola o pôster do Tupac ae. Que tal. Que se diz. Sente o NEGRO DRAMA. Vai, tenta ser feliz.

Hey bacana, quem te fez tão bom assim, o que se deu, o que se faz, o que se fez por mim,
Eu recebi seu Tic, quer dizer Kit, de esgoto a céu aberto, e parede madeirite. De vergonha eu não morri, tô firmão, eis me aqui. Você não, cê não passa, quando o Mar Vermelho abrir.
Eu sou o mano Homem duro, do gueto, Brown. Oba, aquele loko, que não pode errar, aquele que você odeia, mas nesse instante, pele parda, ouço Funk.
E de onde vem, os diamante, da lama. Valeu mãe,
NEGRO DRAMA, DRAMA, DRAMA.

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