

Porque é que os actuais arquitectos de estádios de futebol não conseguem ter a atitude discreta nas suas intervenções, promovendo obras integradas no ambiente, como é o caso do belo estádio do Belenenses? Aproveitando uma pedreira desactivada, com uma cobertura metálica discreta que se funde na cor local, sem alarido nem elementos supérfluos, cumpre o seu papel e torna-se um espaço de frequência apetecível. Enquanto que o Belenenses, a escassos metros do local mal se vê, a maior parte dos estádios construídos ou adaptados para o Euro 2004 transformaram-se em imposições à paisagem, pela minha parte totalmente indesejadas.
Parece que cometi o erro de dar a obra do pai ao filho, pelo que me desculpo, mas a quem felicito, por tão honrosa filiação. Por esse facto e com a promessa de voltar a pesquisar sobre ele para completar a informação não retiro o que recolhi no site do Instituto de Camões:
Durante a adolescência, Carlos Ramos conviveu, graças à profissão e conhecimentos de seu pai, com a elite cultural e intelectual do país, crescendo num ambiente pautado pela música e pela arte. Depois de conhecer e privar com o arquitecto Ventura Terra, decide seguir arquitectura e, em 1915, faz o exame de admissão a arquitectura com os seus amigos, Cottinelli Telmo, Paulino Montez e Leitão de Barros. Durante o curso, tem como colegas Cristino da Silva, Pardal Monteiro e Carlos Rebelo de Andrade, formando o que considera ser o maior lote de arquitectos que a Escola de Lisboa jamais formara.
1 comment:
A biografia do Instituto de Camões, refere-se ao Arq. Carlos João Chambers Ramos, o pai do autor do Estádio do Belenenses, projectado pelo Arq. Carlos Carlos Manuel Ventura Oliveira Ramos.
Post a Comment